Entrevistas

Fernando Fonseca Pinto

O Sr. Fernando é figura certa em todas as competições organizadas pela AGMN. Carioca, torcedordo Fluminense e do Real Sociedade Clube Ginástico Português, este médico aposentado é um exemplo para todos nós.

Amante de uma boa conversa (se possível, acompanhada por uma cerveja bem gelada), Fernando é admirado por todos aqueles que o conhecem.

Conte-nos um pouco sobre as suas primeiras braçadas. O senhor foi atleta ou já iniciou as competições na categoria master?

Como nasci em frente - da não mais existente - Praia das Virtudes, na Baía da Guanabara, só me lembro de mim, já nadando, aquelas foram as minhas primeiras braçadas. Nunca me considerei um atleta e sim um desportista, isto porque sempre gostei de todos os esportes, e pratiquei várias modalidades. Na verdade, só iniciei a natação competitiva como master.

Fale-nos sobre sua família, os filhos também sempre foram envolvidos com o esporte, certo?

Minha mulher sempre deu apoio para que nós (seus subordinados) praticássemos atividades esportivas. Por isso, meus filhos são até hoje envolvidos em tais atividades. Veja bem, o gosto, a frequência, e tudo mais, foram escolhas deles. Nós sempre os apoiamos, hoje são eles que me apóiam.

No início, não era complicado conciliar as atividades esportivas com o trabalho?

Sim, era, e é complicado conciliar esporte com família, trabalho etc, mas sempre se consegue. Quando se quer muito sempre se arranja um jeito.

O senhor pode ser considerado um baluarte da natação master em Goiás. Afinal, desde os primeiros torneios realizados no Clube Português, esteve presente. Como isso ocorreu?

Só posso me considerar baluarte no sentido de apoio, nunca no de sustentáculo.

Em 1997, logo que cheguei aqui, procurei um lugar para nadar, por mera casualidade encontrei o Clube Português, onde me radiquei principalmente pela amizade que se estabeleceu entre o seu técnico Beto e eu. Quase concomitantemente, procurei o então Presidente da AGMN, Dr. Cláudio José Maciel, e o coloquei em contato com o Beto, bem como "joguei o Dr. Claúdio em cima" do Prof. Waldir Ramos (presidente da ABMN). O Waldir o convidou para ir ao Rio, e quando o Cláudio voltou a Goiânia já voltou resolvido a realizar uma competição de master, o que o fez em 22 de março de 1997, nas dependências do Jóquei Clube de Goiás, com a participação de cerca de 20 atletas (veja reportagem de "O Popular"). Daí em diante foi só crescer, não é verdade? Quantos somos hoje? Quantos seremos no futuro?

Conviver com o esporte, certamente que, além de muitas amizades, te traz boas recordações. Qual o fato ou os fatos que marcaram o senhor após este envolvimento com a natação master?

Em nenhum setor, inclusive no master, nada marca mais do que as amizades. Também considero muito importante as viagens que se realizam "quando se compete fora", mas mesmo aí o que conta é o aprofundamento das amizades já existentes e a criação de novas. Você pode cortar o que vou dizer, mas não esqueças que foi numa dessas viagens que conheci uma das melhores contadoras de piadas e uma das maiores companheiras de cerveja. Posteriormente (quando já se encontrava sóbria) convidou a mim e minha mulher para padrinhos do seu casamento. Isto nos honra muito, até hoje.

Que dica o senhor daria às pessoas, com maior ou menor idade, que ainda têm receio de cair nas piscinas para competir?

Aconselho que caiam na água o mais rápido possível. Caiam de qualquer jeito. Com saúde ou resfriados, de dia ou à noite, sozinho ou acompanhado, sóbrio ou "borracho", com frio ou com calor, chovendo ou fazendo sol, corajosamente ou morrendo de medo, espontaneamente ou empurrado, pois você Só TERá UM ARREPENDIMENTO - O DE NãO TER CAíDO ANTES.

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